O Conselho de Administração

O processo de tomada de decisão em um Conselho de Administração é sempre superlativo. Um bom conselho é aquele cujos membros não, necessariamente, têm a mesma opinião. Atentar e, sobretudo, estimular o pensamento divergente explorando o contraditório está na essência das boas decisões. “Os melhores conselhos de administração são lugares muito desconfortáveis e é assim que deve ser” (segundo Christopher Hoog, citado no excelente livro A Caixa Preta da Governança escrito por Sandra Guerra editora Best Business). A razão disso é simples. É preciso que sempre haja uma boa dose do contraditório nas reuniões de um Conselho. Lidar com ele, dá trabalho. Mas sempre vale muito à pena. O que ocorre nos chamados “conselhos disfuncionais” (e eles não são poucos), é o domínio de um ou de dois membros, em geral aqueles que vestem a capa de mais sábios e/ou mais experientes ou que têm, de fato, mais “poder” ou destaque profissional. Este comportamento inibe os demais conselheiros Para minimizar isto, cabe ao Presidente do Conselho, desde que, claro, não seja ele mesmo parte do problema, promover o contraditório. É ele e não o consenso que torna um conselho funcional, com mais acertos em suas decisões.

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