O Executivo e os Novos Códigos de Etiqueta

Executivo e novos codigos de etiqueta

Diversos são os códigos de conduta social. As famílias, as escolas e o próprio convívio social fazem-nos aprender, ao menos, o essencial para que possamos ser chamados de “pessoas educadas”. 

O mundo dos negócios, no entanto, trouxe uma nova ordem comportamental que infelizmente ainda não é ensinada pelos mesmos agentes que moldaram nossa boa educação. Procuramos trazer aquilo que aprendemos em casa ou no convívio social para o mundo empresarial. Não é suficiente. Nem sempre funciona. Diversas situações requerem outros códigos outras posturas. 

Alguns estudiosos no assunto afirmam, baseados em pesquisas, que no mundo empresarial o sucesso depende apenas em até 15% da capacidade técnica, da habilidade e do treinamento. Os outros 85% estão ligados à forma com que nos relacionamos com as pessoas. Assim os líderes empresariais devem procurar sempre encantar seus clientes e seus liderados. Isso funciona. Isso traz resultados. 

Ocorre que este processo envolve além das características pessoais, algumas regras que facilitam isso. Conhecê-las é tão imprescindível quanto difícil. Nos últimos 10-15 anos foram intensas as transformações tecnológicas e, em conseqüência, as comportamentais. Estas transformações afetaram não somente as relações familiares, mas também as empresariais. 

É a internet, são os e-mail, os sites, o celular, o smartphone, o SMS, o MMS, o facebook, o twitter e vai, por aí afora. Claro é que tudo isso, trouxe uma enorme agilidade às relações comerciais. Só que trouxe também uma extraordinária mudança de comportamentos. Uma reunião de executivos muitas vezes parece uma festa de crianças. 

Alguns participantes ficam boa parte do tempo olhando para baixo, mexendo em seus brinquedinhos que, ainda por cima, vez por outra tocam. Os restaurantes nos lembram mais uma central telefônica de tempos atrás. As mesas tocam! Todos atendem seus celulares. Pior, como os modelos são semelhantes, os toques também o são. 

Isto significa que, não somente o proprietário da geringonça atende mas também muitos da mesa ao lado, o fazem, ainda que por engano. Alguns, de forma compulsiva, atendem na própria mesa. Outros se levantam para atender a ligação, quando entendem ser este ato mais delicado com os demais comensais. Fica-se sempre na dúvida se a razão da pessoa se levantar da mesa foi um ato de delicadeza para com os demais ou uma decorrência de uma notícia ruim tipo o falecimento da mãe ou algum desastre ou apenas uma noticia trivial tal como um adiamento de uma reunião. 

Parece ser importante estar e, mais que isso, demonstrar estar presente, todo tempo. Qual o limite entre a utilidade e a falta de etiqueta no modo que utilizamos estes artefatos? Este é apenas um exemplo. Existem inúmeros. 

As secretárias atendendo e falando “meu amor” e “meu bem” é também algo espetacular! E quando solicitam, educadamente, que você antecipe o assunto que você quer falar com a pessoa para a qual você ligou? Quanto maior o nível do executivo a quem secretariam, mais ênfase tem esta indagação. Por orientação sentem-se proprietárias do tempo do chefe. 

Enfim é grande o número de situações que, ou requerem comportamentos ainda desconhecidos, até bem pouco tempo no universo empresarial, ou necessitam de mais atenção. É imprescindível que, aprendizado destas condutas sejam rapidamente assimilados e colocados em prática sob pena de não estarmos encantando nossos interlocutores e, como conseqüência, performando mau.

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