Cultura ou Caráter

Numa das últimas reuniões de nosso grupo Vistage, discutiu-se sobre a importância da cultura da empresa estar disseminada entre os colaboradores, para que seus valores alicercem uma boa governança.

Semana passada a imprensa divulgou a acertada medida administrativa do Banco Itaú desligando 50 colaboradores do seu quadro que haviam solicitado auxílio emergencial do Governo Federal, sendo eles empregados do Banco.

Muito se fala de cultura de uma empresa e um ato deste tipo mostra seu alinhamento com a ética e com as boas práticas de governança.

No entanto, será este ato administrativo um ato relacionado à cultura do banco ou ao seu caráter?

Não se trata apenas de uma questão semântica. Cultura de uma organização é algo que pode sofrer transformações. Dependendo, por exemplo, da personalidade do líder (empresário ou CEO). Uma gestão familiar, pode ser mais complacente com critérios de demissão, mais paternalista do que uma profissional, por exemplo. 

O caráter, não. Ele é baseado no DNA da empresa. Refere-se aos seus atributos essenciais. É imutável.

Desta forma uma decisão deste tipo pode até fazer parte da cultura do Banco (a não transgressão dos valores éticos), mas é parte indissociável, do seu caráter.

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