Alô, alô, Presidente!
O governo Lula, parece estar sempre atrás dos fatos. Prisioneiro de pautas retrogradas, de uma esquerda que não mais é capaz de sobreviver a uma eleição para síndico, corre atrás dos acontecimentos.
No campo da economia está há semanas discutindo o corte de despesas estruturais para se aprumar em relação ao básico: as despesas precisam ser compatíveis com receitas. Uma lei da economia que qualquer dona de casa conhece e, mesmo que a contragosto, pratica. À respeito diz que “ganhará mais uma vez do mercado como já ganhou outras vezes”. Uma retórica que não faz mais sentido, nem mesmo para os convertidos.
Enquanto isso, surgem fatos que retiram do seu governo o protagonismo necessário e desejável. Pior, fatos cujas pautas estão alinhadas com a própria ideologia de esquerda como por exemplo, a demanda dos trabalhadores pela redução da escala – 6×1 – dos dias de trabalho levantada e protagonizada por uma deputada do PSOL.
Outro bom exemplo dessa postura meramente espectadora é a discussão sobre o mercado de crédito de carbono. Assunto de extrema relevância considerando a crise climática que o mundo atravessa. Além da oportunidade do tema, considerando o resultado das eleições americanas, a reunião do G20 no Rio de Janeiro e a COP29 no Azerbaijão, ambas em 2024, bem como a COP30, em Belém do Pará, no ano que vem.
Em paralelo, Lula prossegue com suas declarações sem nenhum senso de oportunidade, tais como sua preferência pela candidata democrata, recém derrotada nos EUA – Kamala Harris.
Sem contar com sua tentativa de livrar-se da pecha, criada por ele próprio, de amigo íntimo do ditador da Venezuela. Mas não para aí. Com ares de falso pacifista chama os israelenses de genocidas.
Enquanto isso, segue conversando com os ministros das áreas afetadas pelos supostos cortes que poderão vir a acontecer, como os da saúde, da educação e da defesa.
Como resultado disso tudo o dólar, a inflação e os juros (presentes e futuros) seguem em alta e nosso presidente, segue culpando o “mercado”, esta figura tão fantasmagoria quanto cruel, no seu entendimento.
