BALOUBET: DRAMA E GLÓRIA DE UM GLADIADOR

Baloubet Du Rouet, drama e glória de um gladiador: https://lnkd.in/dPcQ-Nxy

É o documentário, disponível no YouTube, que conta a história do conjunto Baloubet Du Rouet e Rodrigo Pessoa. Ele, se não o melhor, figura dentre os cinco, dez melhores cavaleiros brasileiros, além de ser filho de outro renomado cavaleiro, Nelson Pessoa. O cavalo Baloubet, provavelmente, o maior cavalo da história mundial do hipismo.

O documentário, em sua maior parte narrado pelo próprio Rodrigo Pessoa e por seu pai, Nelson, é centrado na história deste consagrado cavalo e como, após ter a medalha de ouro quase na mão, na olimpíada de Sidney, em 2000, comete uma falta que o desclassifica: tres refugos (recuos) consecutivos diante de um obstáculo.

Para quem gosta e para quem tem cavalo como eu, apesar de apenas usá-los para cavalgar nos finais de semana, um deleite. Para quem é neutro ou mesmo para quem não gosta deste esporte, vale assisti-lo pois evidencia como o excesso de confiança, especialmente em momentos decisivos, pode levar à derrota nos esportes ou para o insucesso na vida e/ou nos negócios.

Existe uma máxima entre negociadores experientes que diz, que o sucesso de uma negociação está na preparação.

Nem de longe estou insinuando que Rodrigo Pessoa tenha negligenciado na preparação para aquela competição. Ocorre que neste esporte, o sucesso depende do cavalo e do cavaleiro, daí o nome de “conjunto”. De nada adianta um excelente cavalo montado por um cavaleiro medíocre e vice-versa.

Em certo momento, Rodrigo Pessoa, menciona que sentiu o cavalo, por alguma razão, abaixo do seu normal. Ultrapassou alguns obstáculos dificuldade. Na sequência, veio o refugo. Rodrigo fala que não dispunha de “armas” para fazê-lo superar aquele inesperado momento. Não tinha um chicote em mãos. Isto porque, justifica, o cavalo era quente e para frente demais isto é, tinha muita disposição.

Em outro momento fala da magoa e até mesmo da raiva que sentiu do animal, apesar deste mesmo cavalo tê-lo levado a ganhar a medalha de ouro, quatro anos depois nas Olimpíadas de Atenas: “O dia de sua morte foi um dia triste para mim, mas nunca desejei visita-lo em sua aposentadoria”.

Apesar dele ter-se declarado “sem armas” para melhorar a performance do cavalo, não faz uma mea-culpa, como era de se esperar. Certamente ele falhou em não ir “armado” numa competição de tanta importância. Neste esporte o sucesso depende do conjunto e é preciso contar com todas as variáveis.

Estar preparado é ir muito além do óbvio, do esperado. É preparar-se, também, para o inesperado.

Link da publicação: https://www.linkedin.com/posts/cl%C3%A1udio-da-rocha-miranda_original-cob-baloubet-drama-e-gl%C3%B3ria-de-activity-7186308872012193792-PQWl?utm_source=share&utm_medium=member_desktop&rcm=ACoAAAQoylgBgao4S8u21aauID37T3DgFiFbIdU